domingo, 28 de outubro de 2007

o hoje

O dia até nem está mau. Está sol, a hora mudou, o almoço correu bem, enfim tudo parece normal.
Mas não, está tudo mal, muito mal, para não dizer do pior.

A noite foi passada no sofá, os filmes foram rodando, mas não me lembro nem um pouco de cada um deles, apenas um título, perfume de mulher.

Porque será?

Ás vezes fico tão triste, que se o mundo acabasse breve não ia ter pena nenhuma.

Talvez assim eu conseguisse ter paz.

Tanto pra dar, ninguém pra receber.

Mas duma coisa tenho a certeza, a minha tristeza tem apenas a ver contigo.

Conheço-te à tantos anos e ás vezes pareces-me um desconhecido.

Tento fazer de tudo para te agradar, para te dar prazer, para te fazer feliz e sinto que não estou a conseguir.

Faz um favor a ti mesmo e a mim também, quando não quiseres ou não precisares mais de mim

avisa-me, vou compreender.

Talvez anseies da vida, algo diferente, mais inovador, mais "novo",mas tens de te decidir, afinal a idade também está a passar para ti.

E normalmente só damos valor ás coisas quando as perdemos de vez.


Se soubesses o quanto és importante pra mim, não fazias ás vezes determinados juizos, que sem tu quereres acabam por me magoar.

Ontem estavas esquisito, enfadonho até. Rejeitaste os meus carinhos, o cheiro do cigarro é que serviu de desculpa, enquanto falava contigo, não tiravas os olhos da televisaõ, disseste que tinhas sono, enfim, não percebi.

Era preferível que me tivesses dito: - Olha não venhas hoje, estou cansado, tenho de sair cedo, etc, etc.

Ainda por cima me dizes, que foi visita de médico.

E tem mais, escusavas de ficar inquieto quando recebeste uma mensagem. Afinal eu também recebo algumas e nunca me comportei assim. Se estou enganada, disfarçaste muito mal.

A sério, estou mesmo triste, triste mesmo.

Se entretanto leres este desabafo e quiseres falar comigo, diz-me.

Não tenho culpa de sentir ciumes quando alguma coisa vem de ti, por certo quer dizer alguma coisa.

E quando me mandaste a mensagem desejaste-me as melhoras, não estou doente, a minha doença és tu, por saber o que representas pra mim e por me fazeres sentir sem chão.

Gosto muito de ti, adoro-te mesmo, são coisas que a própria razão desconhece, porque se pensasse com a cabeça, nada disto faria sentido.

Tenho poucos motivos pra querer viver, aliás apenas três, tu és um deles.

Amo-te.