sábado, 19 de dezembro de 2009

viva eu

Comecei o dia numa ida ao circo. Senti-me criança mais uma vez.

Terminei o dia na Casa do Lago.
Percebi que posso estar bem acompanhada apesar de estar sózinha.
Porque a solidão ás vezes faz-me bem.
Hoje dei-me ao prazer de um miminho.


sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

onde te escondes

Passo a vida à tua procura
Para te encontrar faço de tudo
Mudo a vida
Fico sózinha
Troco de casa
... coisas sem fim
Mas a felicidade não está nos lugares
Aqui ou ali
A verdadeira felicidade está dentro de nós
E foge de mansinho
Quando te negam um beijo
Te recusam um convite
E por isso eu continuo à procura




Jesus

O Menino Jesus da nossa casa



Guardião


Este é o nosso fiel guardião Chamã Omã que temos à entrada da porta de casa. Para além de nos guardar todas as chaves ( senão perdiamos-lhe o rasto), já está todo preparado para o Natal.

sábado, 12 de dezembro de 2009

santos mas pecadores


Escuta a música
Não precisamos de falar
Deixamos o silencio dizer tudo
Mas vem deitar-te junto a mim
E fica até a musica acabar
Não vás embora outra vez
Fica comigo aqui
"A noite está certa
A noite está bem
Entre os teus braços o fogo flameja
Deus nos proteja"



quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Por ti


Por ti vou viver um pouco mais
Porque me ajudas a acalmar o sofrimento
Na magreza deste corpo o pensamento
E o que ficou para trás, coisas banais.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A cor suave e o perfume das flores
Fazem sentir a tua presença
Como presente é o amor imenso
Que tenho por ti


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Café da manhã


Dias que não se escolhem
Simplesmente acontecem
São cumplicidades
As palavras dizem pouco
O silêncio quase tudo
Valeu a pena


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

o nosso dia

Lá em cima no Céu de clamor,
Os anjos segredam entre eles também,
Não encontram termo mais forte para o amor
e nenhuma palavra mais devota do que a palavra ' Mãe '


domingo, 29 de novembro de 2009

Fugir do medo

Sonho muitas vezes que vou a correr de forma descontrolada e não consigo chegar a lado nenhum.
Fiquei a saber que significa que tenho necessidade de fugir de qualquer coisa.
Freud revela medo de um rival, sentimental ou sexual. Não se trata apenas de ciume, mas de ameaça forte e séria, por isso exige análise profunda. Será?
Para Jung, é sintoma de remorso pelo tempo perdido e pede por isso uma melhor organização do mesmo.
Segundo "eu" tenho de analisar os meus medos e combatê-los.


sábado, 28 de novembro de 2009

mal do mundo

Esta noite não me prendas
Abraça-me só
Guarda o meu corpo nos teus braços
Manda embora esta dor que me atormenta
E se puderes faz-me esquecer
Por um segundo
Qual foi o meu erro em gostar de ti !?



quinta-feira, 26 de novembro de 2009

verdades

Hoje a ternura chegou mais cedo
Emoldurou-me o corpo
Fiquei mais feliz
Porque o amor são gestos
Tu não acreditas
Mas sou eu quem diz


terça-feira, 24 de novembro de 2009

as dores dos outros

Era mesmo o que eu queria.
Hoje podia ter sido o principio do fim,
mas foi apenas o principio do principio.
Mais um pouco de paciência, mais sacrificios.
Mas pensando bem, tudo isto comparado com as dores dos outros,
... até tenho alguma sorte.
Corpos cheios de dor, rostos de sofrimento
Assim se fazem as esperas nos hospitais
Novos e velhos, ricos e pobres
Todos com um unico objectivo
Aliviar as dores, minimizar a solidão
Olhares perdidos no espaço
Vi tudo e tudo senti
Mas mesmo assim, nunca estive só
No meu telemóvel fazia-se ouvir a amizade
Mensagens de alento que souberam bem
Abençoado amparo
Tudo vai ter um final feliz.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

apatia

Recordo as tuas mãos na minha pele
Jamais saberás o que isso representa
Como vai longe o dia e longo o espaço
Foi em mil novecentos e oitenta
Mais coisa menos coisa...


domingo, 22 de novembro de 2009

principe encantado


No lânguido esmaecer das amorosas
Tardes que morrem voluptuosamente
Procurei-O no meio de toda a gente.
Procurei-0 em horas silenciosas !

Ó noites da minh!alma tenebrosas !
Boca sangrando beijos, flor que sente ...
Olhos postos num sonho , humildemente ...
Mãos cheias de violetas e de rosas ...

E nunca 0 encontrei !...Prince Charmant...
Como audaz cavaleiro em velhas lendas
Virá, talvez, nas névoas da manhã !

Em toda a nossa vida anda a quimera
Tecendo em frágeis dedos frágeis rendas...
-Nunca se encontra Aquele que se espera.


Florbela Espanca

opiniões !!!


O realizador Fernando Lopes "diz que disse" na Visão que "não tem telemóvel, não tem e-mail e não navega na internet". Mas onde é que o querido vive?
E como se não chegasse afirma que "os blogs são uma masturbação pessoal".
E diga lá que é mau.!!
Ainda gostava de saber onde é que o menino vai buscar inspiração para os seus filmes.
Meras opiniões.

domingo, 15 de novembro de 2009

Liberdade para "elas"

" Usar sutiã é motivo de castigo público e escárnio na Somália. É considerado impuro e ofensivo porque se trata de uma lingerie cujo fim é enganar sobre a condição natural do peito e motivar desejos sexuais.
Para vigiar todas as mulheres, colocaram em toda a cidade postos de controlo, que exigem nas mulheres sob suspeita saltarem e moverem o corpo.
O argumento destes é que o peito deve cair de maneira natural. Além disso, os islâmicos são contra tudo o que sirva para dissimular a idade ou enfeitar o corpo de maneira artificial.
Isso é motivo de castigo fisico."


Focus (11/17/2009)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Muito fina


Visto a fina renda
Como fino é o trato
Que te quero dar
Embalo a vontade
Espero o momento
Desse envolvimento
Que tarda em chegar
E o tempo caminha ...
Rasgo a renda fina
No corpo sózinho
Parto sem sentido
Busco o meu caminho


sublime



segunda-feira, 9 de novembro de 2009

tributo

Um miminho para ti.
Vais permanecer sempre nos nossos corações.
És unica.


domingo, 8 de novembro de 2009

confissão


Estou deprimida.
A minha auto estima está bem lá em baixo.
Porquê?
Porque o diabo veste prada.
Eu, que diabo , nem prada nem nada.
De "chanatos" e carteira
Não acho que fique bem.
E não vale mesmo a pena
Sair à rua nesta cena.
Resta-me a clausura.




Vendaval de paixões

As paixões são como ventanias que sopram as velas dos navios fazendo-os navegar; outras vezes podem fazê-los naufragar; mas se não fossem elas, não haveria viagens, nem aventuras, nem descobertas.



Voltaire

Luz


A candeia do corpo são os olhos.
E se forem bons, todo o corpo terá muita luz.


sábado, 7 de novembro de 2009

verdade

Amo a vida
Mas não estou apaixonada por ela
É um sentimento de amor vazio
Uma eterna aliança
Não sei o que quero
Mas sei o que não quero
Viver a vida
Sem uma paixão


Ironia


Atormentas a minha mente
Inspiras-me de forma medonha
" ... e a lua desceu sobre nós, embalando a nossa dor com a noite."

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Lamento

Olha para mim agora!
Olha!
Não para as mãos
(que este sangue ruim demais para sair fui eu quem o pôs)!
Mais para dentro ...
Vês todo este sofrimento,
Toda esta podridão?
Como o podes ignorar?
Não exijo nada ...
Não peço nada...
Tão pouco desejo coisa alguma ...
Não por não o querer ...
Mas por ter medo ...
Medo de imaginar
Que todas as minhas ânsias
São realizáveis
E que puramente
Te posso ter nos meus braços
Uma última vez ...(C.R.)


"No remorse cause I still remember
The smile when you tore me apart
Could have been forever
Now we have reached the end"

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Bebida ilustrada

Junta Vodka, Brandy e Tequilla
Mistura num shaker todos os ingredientes muito bem
Junta-lhe uma companhia especial
Prepara um ambiente à luz de velas
Pede que te tire a roupa
Que te deite sobre a mesa, sobre a cama ... onde preferires
Que te coloque a bebida no umbigo ... e que deixe rebaixar um pouco
Pegar-lhe fogo
Depois é só beber ... de uma vez só
Recomendado para momentos íntimos...
Bebida forte e de bom sabor...
Não te preocupes que não queima...
É apenas para dar um ar de sadismo...




quarta-feira, 4 de novembro de 2009

nó cego

Foi o destino talvez
que te escolheu para mim
mas ajudou-te a partir
deixou-me ficar assim
na nesga da madrugada
o sol a teimar entrar
numa cama só e fria
conjugando o verbo amar


harmonia


A familia perfeita


domingo, 1 de novembro de 2009

A morte por aí ...










Para quê preocuparmo-nos com a morte?

A vida tem tantos problemas que têm de ser resolvidos primeiro.


Confúcio

sábado, 31 de outubro de 2009

Dia dos Santos



sexta-feira, 30 de outubro de 2009

os nossos medos


Passamos a vida a hibernar os nossos medos.
Assusta-nos o desconhecido, tudo o que é novo.
Mas quem não tem medo não é normal.
Ele coloca-nos em estado de alerta.
E é graças ao medo que conseguimos escapar a tantos perigos ao longo da vida.
Ainda bem que nos falta coragem para muita coisa.
Não temos coragem de nos pendurarmos no parapeito da janela, porque temos medo de cair.
É a nossa tomada de consciência.
No entanto o medo pode ser um problema se lhe atribuirmos uma dimensão maior.
Não podemos viver em função do medo de ficarmos velhos, o medo de sermos vitimas de violencia, o medo de morrermos, o medo de termos dificuldades financeiras e tantos outros.
Mas o certo é que temos medo de ter medo.



indio moderno

Um indio vai à Conservatória e solicita a mudança de nome.
O escrivão pergunta:
-Qual é o seu nome?
O indio responde:
-Grande Nuvem Azul Que Leva Mensagem Para o Mundo.
-E como se quer chamar?
-E-mail.


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

cara ou coroa

O meu dia é o reflexo duma noite
sofrida
mal dormida
agonizante
em tudo preocupante
A noite é o que resta do meu dia
atribulado
stressado
desconcertante
mas muito gratificante
O dia e a noite são os sonhos
os pedaços de mim
Uma estranha loucura




domingo, 25 de outubro de 2009

arte na infância


Ainda no âmbito das artes, recordo com uma certa nostalgia a 1ª vez que entrei num museu, curiosamente o Soares dos Reis, pela mão do meu pai e deparei com este quadro, logo na entrada.
A sensação foi única, não sei bem explicar porquê, mas fez com que eu ficasse parada junto a ele, com as mãos atrás das costas e foi preciso insistência para que eu circulasse para outras bandas.
Já passaram tantos, tantos anos, eu tinha apenas quatro. Mas lembro-me de tudo como se tivesse sido ontem.
Hoje sei que o quadro se chama " Vanitas - As bolas de sabão" de Manet.
Um quadro a óleo sobre tela de 1867, que faz parte do espólio da Fundação Calouste Gulbenkian.
Na altura nada disto fazia sentido, apenas o facto de retratar uma criança e a bolinha de sabão, que eu acho, esperava que viesse ter comigo.
Só isso pode justificar o fascínio que este quadro, ainda hoje, tem para mim.


Diario de um estudante de Belas Artes

No ambito das visitas propostas pelas aulas de pintura para o ano em curso, começamos hoje com a exposição temporária comemorativa dos 150 anos do nascimento do pintor Henrique Pousão, patente no Museu Nacional de Soares dos Reis.
É sem dúvida um génio do desenho e por excelência um pintor de paisagem.



Henrique César de Araújo Pousão (Vila Viçosa, 1 de Janeiro de 1859 - Vila Viçosa, 20 de Março de 1884), foi um pintor português pertencente a 1 ª geração naturalista.
Tio do poeta João Lúcio, faleceu, com apenas 25 anos, de tuberculose.

Foi o mais inovador pintor português da sua geração, reflectindo, na sua obra naturalista, influências de pintores impressionistas, como Pissarro e Manet. Realizou também paisagens que ultrapassam as preocupações estéticas da pintura do seu tempo. Natural de Vila Viçosa, Henrique Pousão faz-se pintor na Academia Portuense de Belas Artes, onde é discípulo de Thadeo Furtado e João Correia.

Bolseiro do Estado, parte para Paris, em 1880, com José Júlio de Sousa Pinto onde é discípulo de Alexandre Cabanel e Yvon. Por razões de saúde, troca a França por Itália: em Nápoles, Capri e Anacapri, executa algumas das suas melhores pinturas, em Roma é sócio dos Círculo dos Artistas e frequenta sessões nocturnas de Modelo Vivo.

Considerado um dos maiores da Pintura portuguesa da segunda metade do Século XIX, Henrique Pousão desenvolveu toda a sua produção artística em fase de formação. A sua pintura é marcada pelos lugares por que passa. Em França, revela já a originalidade que, mais tarde, marca a sua obra: um entendimento da luz e da cor, traduzido nas representações das margens do Sena, dos bosques sombrios dos arredores de Paris e em aspectos da aldeia de St. Sauves.

Em Roma, embora adira ao gosto académico, afasta-se do registo mimético e narrativo do naturalismo: num numeroso conjunto de pequenas tábuas, pinta ruas, caminhos, pátios, casas, trechos de paisagens, expressa as formas em grandes massas de cor, em jogos de claro-escuro e de luz-sombra. Em algumas obras, as composições assumem formas sintetizadas - próximas de uma expressão abstracta -, caso de excepção na pintura portuguesa da época.

Henrique Pousão é o pintor da primeira geração naturalista mais bem representado na colecção do Museu: quer pelo vasto conjunto de peças, quer pela sua qualidade pictórica. Através da sua obra, é possível traçar o antes e o depois do naturalismo.





sábado, 24 de outubro de 2009

curiosidade


Alexander Mcqueen na semana de moda em Paris.
Colecção Primavera Verão 2010 com sapatos inovadores.



Agora percebo quando ao fim do dia se diz: Doem-me os cascos!!


OBS:


A mulher bonita é como a melancia. Ninguém a come sozinho!!


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

sempre

Na corda bamba, continuo presa a ti


sei de cor


Sei o que escrevo
Não sei porque o faço
Mas sei de cor
O vazio que me enche o coração
E sei de cor
O silêncio que nos une
E o amor que nos separa


terça-feira, 20 de outubro de 2009

prato do dia

A vida é um pratinho.
Sem guarnição.
Ás vezes come-se frio.
Mas de faca e garfo.
Não tem muita cor.
Mas tem corpo, consistência.
Por isso dá p'ra engasgar.
Porque o molho é pouco e a carne dura.
Mas entre passar fome ou ter uma indigestão
Mais vale saborear a vida em toda a sua dimensão.
E se hoje é mau
Amanhã pode ser bom.