sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Hoje e sempre

Quando a noite me aparece sorrateira
Feita de silêncio, em passinhos de lã
Pergunto a mim mesma, ao senti-la
Como será o meu dia de amanhã
Mais um dia a decorrer, igual a tantos
Repetindo-se as horas e os minutos
E sem nada de novo a acontecer
Assim passo o meu tempo
Sem realização e sem encanto
A aguardar um novo amanhecer
E tu aí ...


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sabedoria


A nossa velhice vai depender da maneira como vivemos.
Podemos acabar como uma cidade-fantasma
ou como uma generosa árvore
- que continua a ser importante,
mesmo depois de não conseguir aguentar-se de pé.

CRÓNICA - REFLEXÕES SOBRE A IDADE



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O assunto não é ... crise


Sou viciada ... não, não é no Horatio, é na série.
E não é que este justiceiro, numa de põe e tira os óculos
Ganha a singular importância de 297.000 €
Sim, sim, não me enganei nos zeros
... POR EPISÓDIO ...
O crime não compensa
Mas recompensa , ui, ui...


domingo, 17 de outubro de 2010

Crítica "construtiva"

Durante o dia tenho os meus
"momentos de stress"
Ás vezes nem eu me aguento.
Já há quem me diga:
- Este pareces tu quando estás irritada.
Não posso crer.
Compararem-me com um "piolho".
Até são queridos comigo... e eu com eles.
Podia ser bem pior.!!


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A ponte entre nós


Onde te escontrarás neste momento ?
Em que estarão teus olhos a pensar ?
Por acaso terás o pensamento
Nos meus sempre tristonhos, adiados ?
Eu fito-os muita vez no Firmamento
À procura dos teus, distanciados,
Tendo por vezes o pressentimento
De estar pertinho deles por esses lados.
Sei que tudo isto é imaginação
Mas é a forma de o meu coração
Se aproximar de ti por uns instantes.
Não prolongues demais minha carência
Pois já demorou muito a penitência
P'ra ser mais tua do que já fui antes.


sábado, 9 de outubro de 2010

Sem saber porquê


Já perdi a conta aos dias, que não ando por aqui
Sou prisioneira das palavras
Refém do meu tempo
Fiz uma pausa forçada na vida
Hibernei nas horas que passam por mim
E luto cada dia, como se fosse o último
E continuo agarrada à vida
Aquela que amo, mas sem nenhuma paixão
A sobrevivência custa-me, o sacrifício dói-me
Mas mais do que tudo
Magoa-me o teu silêncio
E o meu também